Nós, que atuamos no setor de captação, armazenamento e distribuição de água por caminhão-pipa, temos familiaridade com o termo “escassez hídrica”.


Sabemos que ela tem origem nas mudanças climáticas e que, práticas equivocadas no uso de qualquer recurso natural podem gerar o desequilíbrio ambiental.

Também temos conhecimento dos impactos dessa crise na sociedade. Um dos maiores é, sem dúvida, o aumento dos gastos com energia elétrica que tem assombrado os brasileiros recentemente.  A maior crise hídrica do Brasil nos últimos 90 anos, de acordo com especialistas, em 2021 aumentou a conta que já estava alta e, em 2022, o cenário não parece melhorar.

 

São vários anos de crise nos quais os reservatórios não ficam cheios. O agravante é que, no ano passado, além dos reservatórios terem menos água, choveu muito menos do que normalmente chove.

De acordo com o Ministério de Minas e Energia, a crise hídrica custou R$ 28 bilhões ao Brasil, em 2021. Com o uso de todos os recursos disponíveis, esse custo se traduziu no aumento da conta de energia paga pelo consumidor.

 

 

Chuvas e seca

No início deste ano, como vimos, alguns estados brasileiros sofreram com danos causados pelas fortes chuvas e, apesar do volume de água ter contribuído com o aumento dos reservatórios, a geração de energia continua pressionada.

 

De acordo com meteorologistas, são baixas as chances de precipitações pluviométricas, com prognóstico climático entre fevereiro e junho de chuvas abaixo do normal, especialmente na região de São Paulo. Como as temperaturas devem se manter próximas do normal para essa época, tudo indica que precisamos reforçar as medidas de economia de água.

 

Outros estados sofrem ainda com a seca. As altas temperaturas no Sul do país, por exemplo, levaram a uma estiagem com perdas para o agronegócio. E a cada dia de calor, com baixa umidade e sem chuva, não só o agronegócio, mas outros ramos e a própria saúde da população é afetada.

 

Apesar das fontes alternativas na modalidade de captação subterrânea serem menos afetadas pela escassez hídrica, comparado às águas de rios e lagos, elas também são impactadas. Portanto, cabe aos empresários do setor fazerem o uso responsável e ambientalmente correto dos seus recursos hídricos para serem efetivos vetores na mitigação do desabastecimento provocado pela falta d’água nesse momento de crise.

 

Neste Dia da Água (22 de março), mais uma vez, reforçamos a importância desse recurso que é essencial para a vida, e de exercermos, diariamente, nosso papel como cidadãos e profissionais: economizar água e viabilizar sua reutilização, quando possível; não poluir; cultivar um planeta mais verde, entre outras iniciativas que gerem impactos positivos no ambiente e que contribuam para mitigar a crise hídrica. Juntos, vamos superar esse desafio!